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Ace Frehley: o eterno Spaceman do Kiss e sua jornada pelo Rock

1. Origens e primeiros passos

Paul Daniel “Ace” Frehley nasceu em 27 de abril de 1951, no Bronx, Nova York.  Desde cedo, Ace teve contato com a música, influências do rock clássico, de bandas como The Who e Cream, alimentaram sua paixão pela guitarra.

Antes de ingressar numa banda de grande escala, ele passou por grupos menores, fez audições, tocou em shows locais e foi se lapidando como músico.

O apelido “Ace” veio por acreditar-se que ele era “o ás” nas coisas que fazia, especialmente no que dizia respeito à guitarra.

Em 1973, após responder a um anúncio para guitarrista, Ace se juntou a Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss para formar o Kiss.

Ele até participou do design do logotipo original da banda.

2. Ascensão com o Kiss: espaço, explosões e riffs marcantes

Com o Kiss, Ace ajudou a construir o que se tornaria uma das franquias mais icônicas do rock, maquiagem teatral, personagens, shows pirotécnicos, fumaça, figurinos elaborados.

Sua persona “Spaceman” (também chamada de “Space Ace”) virou símbolo visual da banda: uma aura de mistério e espaço sideral que combinava com seus solos iluminados e efeitos de palco.

Musicalmente, Ace trouxe solos agressivos, atmosferas melódicas e uso de guitarras personalizadas, algumas equipadas com fumaça, luzes e efeitos visuais sincronizados com a música.

Ele participou de álbuns clássicos do Kiss, ajudando a moldar o som pesado e glam do grupo.

Em 1978, cada membro do Kiss lançou um álbum solo simultâneo, o de Ace foi o mais bem-sucedido comercialmente, e incluiu o hit “New York Groove”.

3. Saída, carreira solo e retorno

Com o passar dos anos, tensões criativas e pessoais cresceram no Kiss, Ace desejava mais liberdade artística e, em 1982, deixou a banda pela primeira vez.

Depois disso, ele formou a banda Frehley’s Comet e lançou discos solo, mantendo-se ativo no circuito do rock.

Nos anos 1990, após um especial MTV Unplugged, houve uma reaproximação com o Kiss. Em 1996, Ace retornou oficialmente para a formação reunida.  

Durante esse período, o Kiss gravou o álbum Psycho Circus (1998), embora as contribuições de Ace tenham sido limitadas.

Após a turnê “Farewell Tour” e divergências internas, Ace deixou novamente o Kiss em 2002.

A partir daí, ele continuou com sua carreira solo, lançando discos como Space Invader (2014), que alcançou boas posições nas paradas, e 10,000 Volts (2024).

Em 2014, Ace e os demais fundadores do Kiss foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame.

4. Legado e influência

Ace Frehley deixou um legado imenso no rock:

                •             Seu estilo de tocar, combinando agressividade e melodia, serviu de inspiração para gerações de guitarristas de rock e metal.

                •             Ele incorporou elementos visuais e efeitos ao instrumento, quebrando barreiras entre espetáculo e música.

                •             Sua persona “Spaceman” até hoje é símbolo visual forte para fãs do Kiss e da estética glam/rock.

                •             Ele contribuiu com composições e arranjos que enriqueceram o repertório do Kiss e de sua carreira solo.

                •             Mesmo após conflitos, sua figura permaneceu central no mito do Kiss, fãs consideram-no parte essencial da “era dourada” da banda.

5. A queda e o fim da jornada

No fim de setembro de 2025, Ace sofreu quedas em seu estúdio, bateu a cabeça e foi hospitalizado com uma hemorragia cerebral.

Durante semanas, esteve em suporte de vida, respirador e cuidados intensivos.

Em 16 de outubro de 2025, Ace Frehley faleceu, em Morristown, Nova Jersey, aos 74 anos, após seus familiares autorizarem o desligamento dos aparelhos.

A notícia causou comoção entre fãs e músicos ao redor do mundo.

Paul Stanley e Gene Simmons emitiram uma declaração conjunta chamando Ace de “rock soldier essencial e insubstituível”.

A trajetória de Ace Frehley ilumina algumas lições poderosas para o rock:

                •             A importância de unir identidade musical com expressão visual: ele foi pioneiro nisso dentro de um show de rock.

                •             A coragem de seguir projetos próprios, mesmo após ter feito parte de algo monumental.

                •             O peso do legado: mesmo que o músico parta, sua influência ecoa nas guitarras, nas plateias e nas inspirações posteriores.

Para nós do Assis Rock Fest, lembrar de Ace Frehley é celebrar um artista que uniu o som e o espetáculo, que desafiou limites e deixou marca eterna no universo do rock. E enquanto as luzes do palco se apagam, sua estrela continuará a brilhar nos riffs que ecoam, afinal, algumas órbitas nunca se perdem.

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